Friday, June 20, 2014

Cabeça de Galo e Caldo da Caridade


Alto lá! Ninguém vai ter que cozinhar miolo de galo carijó pra fazer sopa. Pelo menos por enquanto. Aprendi a fazer esse caldo com a Chef Adriana Lucena, do Taiá Bistrô, localizado em Pium, vilarejo de Natal/RN. Só pra contar um pouco do bistrô, a Adriana Lucena é uma especialista em comida do sertão nordestino e recebe pequenos grupos no seu bistrô, servindo verdadeiras relíquias da culinária nordestina com um toque de sofisticação que não desrespeita as tradições. Tenho ido a Natal repetitdas vezes a trabalho e visitar o Taiá virou um hábito. Como o espaço é pequeno e recebe poucas pessoas, é preciso reservar antes.

Voltando ao caldo, Cabeça de Galo é uma variação do chamado Caldo da Caridade, que parece ter origens dos negros escravizados no período colonial e foi ganhando a tradição de ser servido aos doentes ou após uma bela ressaca. Mesmo com suas origens específicas, todo mundo sabe que nada como um bom caldo para curar uma carraspana. Assim, o Caldo de Caridade nada mais é que um caldo de cebola, alho, pimenta, coentro e legumes engrossado com farinha de mandioca, que se transforma em Cabeça de Galo ao acrescentar alguns ovos, com ele ainda fervendo. 

O resultado é maravilhoso! Um caldo forte, que dá um calor danado, ideal para esquentar essas noites frias! Então anota aí a receita!

03 cebolas grandes bem picadas
06 dentes de alho picados
02 tomates picados
01 pimentão picado (verde, vermelho ou misturado)
01 pimenta dedo-de-moça picada
1/2 linguiça picada (ou a mesma quantidade de bacon)
01 punhado de coentro picado (para quem não gosta de coentro, pode substituir por salsinha) 
Farinha de Mandioca torrada
05 ovos
Sal a gosto
02 colheres de sopa de manteiga
Chaleira de água fervendo (acrescentei 02 folhas de louro na água)

Como fazer:

Numa panela grande, derreta a manteiga em fogo baixo e acrescente um fio de azeite de oliva para não queimar a manteiga. 
Coloque para refogar o alho, a cebola, o pimentão, o tomate e a pimenta. Vá mexendo para não grudar. Quando estiverem bem cozidos, 
acrescente a linguiça e deixe refogar bastante. Quando a mistura estiver bem cheirosa e cozida, complete com a água fervendo e deixe
ferver por mais uns 10 minutos. Logo após, vá colocando a farinha aos poucos, mexendo sempre para não empelotar. Assim que o caldo 
ficar ligeiramente grosso, coloque o sal de acordo com seu gosto e  quebre os ovos dentro da panela e mexa com cuidado. Os ovos ficarão, 
parte cozidos, parte dissolvidos, conferindo .um aspecto bem interessante. Adicione o coentro ou a salsinha, sirva em vasilhas ou pratos fundos. 
Se for servir como aperitivo, sirva em pequenos copinhos ou xícaras. 

Deixe à mão um molho de pimenta para quem gostar de um caldo realmente quente. 

Pra dar um gosto paulista ao caldo, sugiro tomar com um bom Malbec. Minha sugestão é o chileno Tantehue, com sabor forte, encorpado. Ou também o Nieto Senetiner Malbec, que tem preço justo e sabor agradável. 

Um bom aquecimento!

E pra quem quiser curtir o Taiá Bistrô em Natal/RN, aqui vai o endereço:
Av. Joaquim Patrício, 2 - Rota do Sol - Pium, RN
Fone: 084 9670-3351.


(Fonte da Foto: http://www.meubemcomer.com.br/salada/Com-sem-reservas)

Saturday, April 19, 2014

Pastel de Camembert ao Mel com Trufas.


Parece muito simples, mas vou contar que é um pouco complicado fazer pastel. Pesquisando várias receitas na internet, vi que cada uma dá uma proporção, varia um pouco os ingredientes e as medidas, e dá pra entender porque: não existe medida exata para se fazer massa. O tipo de farinha, o clima, o tamanho do ovo, tudo pode influenciar a confecção da massa. 

Já tinha feito pastel várias vezes, mas nunca feito a massa a casa. Já usei massa de pastel de feira, de supermercado e até massa de empanada (que é um pouco mais grossa) nos Estados Unidos. Desse jeito, é importante fazer um bom recheio, fritar com bastante óleo que deve estar bem quente. Geralmente é um sucesso.

Mas fazer a massa em casa envolve outros riscos. E agradeço à minha prima Simone Leite, que mora na Alemanha e me inspirou a fazer esse teste para ajudá-la a servir pastel para os alemães.

Então vamos aos ingredientes (para fazer 10 pasteizinhos em meia-lua):

01 ovo grande e sem gelo

01 a 02 xícaras de farinha de trigo (pode ser preciso mais)

03 colheres de óleo

03 colheres de cachaça 

Uma pitada de sal

Água morna se necessário

Modo de fazer: 

Primeiro de tudo: massa de pastel não gosta de água, então deixe tudo seco para trabalhar com ela. Numa superfície limpa e seca (pia, balcão), faça uma montanha com uma xícara de farinha e despeje o ovo, o sal, a cachaça e o óleo no meio. Vá misturando bem, e adicione farinha aos poucos se precisar até a massa ficar homogênea, lisa e não grudar nas mãos. Se a superfície estiver irregular ou quebradiça, adicione com cuidado pequeninas porções de água morna e vá amassando até que a massa fique toda por igual. 

Com um rolo de abrir massas (“pau de macarrão”) ou até mesmo com uma garrafa de vidro, vá abrindo a massa, esticando-a com vigor para todos os lados. Se você tiver a máquina de esticar massas, tanto melhor. Para evitar de grudar, polvilhe pequenas quantidades de farinha e vá esticando até deixar a massa o mais fina possível. 

Corte a passa com a ajuda de um molde (que pode ser a boca de uma xícara)  ou em formatos quadrados. Se quiser pastéis maiores dobre ou quadruplique a receita. Estando pronta, pode ser guardada na geladeira, mas tenha o cuidado de embrulhar em filme plástico. 

Recheio do Pastel: 

O pastel pode ser recheado com o que preferir, desde os clássicos de carne moída, queijo e palmito, até coisas mais arrojadas, como carne seca, queijos de todos os tipos, camarão. Lembre-se de fazer um recheio bem “molhadinho” para não ficar seco na hora de comer. 

No caso do pastel de hoje, resolvi rechear com um queijo camembert, que tem um sabor bem pronunciado, para ser servido com um mel com trufas. Frescura pura. 

Para fixar as bordas do pastel, aperte firmemente com a ponta do garfo sobre a massa, para fazer um “vinco”, impedindo que ele se abra na fritura. 

Como fritar: 

Como já disse antes, um bom pastel é feito com bastante olho, que pode ser soja, canola, girassol  ou outro de sua preferência. Dê preferência a panelas ou frigideiras largas e fundas (lembre da panela da barraca de pastel na feira). O óleo deve estar bem quente e um truque bom para saber o ponto do óleo é colocar um palito de fósforo dentro desde o início e, quando o fósforo acender, é porque atingiu a temperatura certa. Retire o fósforo com um garfo e comece a fritar. 

Ao colocar o primeiro pastel, abaixe o fogo para o óleo não voar e depois aumente. Vá virando os páteis com a ajuda de um garfo, o tempo todo, até que eles fiquem dourados. Vá retirando e colocando sobre um papel toalha para tirar o acesso de gordura e bom apetite! Pastel é pra comer na hora, saindo do fogo! 

Wednesday, April 16, 2014

Mistão Manauara






Manaus tem muita coisa boa pra comer. Os peixes, as farinhas, os frutos exóticos… O Mistão é um tipo de lanche feito com farinha de tapioca que é realmente incrível, feitos com diversos ingredientes, fácil e rápido de preparar, sustenta bastante e é muito barato. Ele geralmente é servido nas “feirinhas”, que são mini-mercados que vendem todo tipo de comida e que costumam servir o chamado “café regional”, ou seja, os produtos de café da manhã do povo da terra: banana frita, tucuman, supunha cozida, mingau de banana e o Mistão. 

Então anota aí os ingredientes: 

- Farinha de Tapioca (encontrada em feiras e supermercados) 

- Tucuman*  (é um tipo de coquinho que se come a polpa)

- 02 Ovos batidos

- Banana-da-terra ou pacovan frita

- Queijo coalho em fatias finas ou outro tipo de queijo (nessa receita usei parmesão)

- Manteiga

* Caso não encontre o tucuman, pode fazer sem ele mesmo. 

Corte as bananas em rodelas ou em tiras finas, frite na manteiga até ficarem douradas a morenas e reserve. Na mesma panela, pode dar uma ligeira fritada no tucuman, até que ele absorva um pouco da manteiga e adquira uma cor bem viva. 

Pegue uma frigideira redonda (do tamanho de um prato de sobremesa) ou uma omeleteira (que torna bem mais fácil o preparo). Leve ao fogo para esquentar e, quando estiver bem quente, abaixe o fogo e coloque a farinha de tapioca numa quantidade suficiente para fazer uma camada grossinha. Espalhe a farinha com uma colher de sopa e vá apertando a farinha contra o fundo, para deixá-la homogênea. 

Adicione os ovos batidos e rapidamente disponha as bananas, o tucuman e o queijo sobre os ovos. Deixe cozinhar por 2-3 minutos, solte as laterais com ajuda de um garfo e cubra tudo com farinha de tapioca, igualando a superfície com uma colher. Espera uns 2 minutos e vire. Se for na frigideira, vire num prato e depois coloque de volta com a ajuda de uma espátula. Com a omeleteira fica bem mais fácil: basta virar o lado. Espere mais alguns minutos e desligue o fogo. 

Respeitando a tradição manauara, acompanhe com um bom café com leite ou uma xicrona de café preto. E bom apetite!  

Tuesday, April 15, 2014

Ensopado de Carne Seca com Feijão-Fava





Deus! Obrigado por ter permitido que os homens inventassem a carne seca e deixar crescer o feijão-fava no Nordeste! Apesar que as melhores favas não são nordestinas e nem de lugar nenhum do Brasil; fava boa é fava argentina. 
Friozinho que chegou e veio pra ficar na cidade, chuvinha quase o dia todo. Nada melhor que uma comida “quente”, dessas que dá calor até no fio de cabelo. Tem gente que não gosta de carne seca. Perdoai, Senhor, eles não sabem o que perdem. Mas eu entendo. A carne seca é geralmente feita com partes “menos nobres” do boi, mais engorduradas e duras. Muitas delas têm um cheiro desagradável de sebo, que deixam até o ambiente com mau cheiro. Além disso, convém sempre verificar a procedência da carne antes de comprar. 
Não pense que comprar carne seca em supermercado caro é sinônimo de qualidade: já comprei carnes estragadas naquela rede de supermercados que acha que faz você feliz… Bom mesmo é comprar nas barracas de embutidos nas feiras livres, nos mercados municipais ou nas casas do norte dos bairros ou no Largo da Concórdia em São Paulo. 

Mas mesmo uma carne que não cheira muito bem pode ser bem preparada. Basta ferver bastante com limão para retirar o excesso de gordura. A carne seca geralmente vem bastante salgada, sendo preciso deixar de molho antes, trocar a água algumas vezes antes de preparar. Na pressa, pode cozinhar mesmo tendo dessalgado pouco, mas nesse caso você terá que trocar a água da fervura algumas vezes. 

Está a fim de provar um ensopado bem encorpado? Então anota aí os ingredientes!


  • 1/2 kg de carne seca dessalgada e cortada em cubos
  • 2 xícaras de feijão-fava 
  • 3 folhas de louro
  • Pimenta-do-reino
  • Feno Grego ( é um tempero discretamente amargo que compõe o curry indiano) 
  • 01 cebola grande picada
  • 05 dentes de alho 
  • Sal (cuidado com o sal! Dependendo do sal da própria carne, talvez nem seja necessário) 
  • Salsinha e cebolinha picadas
  • Azeite de Oliva a gosto

Numa panela de pressão, coloque todos os ingredientes e cobra com bastante água. Coloque para cozinhar por cerca de 01 hora ou até que a carne esteja bem macia e as favas estejam cozidas. Se precisar, adicione mais água e cozinhe mais um pouco, porque as favas absorvem bastante água. Se preferir, desfie a carne com cuidado para ficar mais delicado. Depois de cozido, deixe em fervura média até o caldo engrossar, mas tome o cuidado de deixar bastante caldo, como se fosse uma sopa. 

Sirva com farinha de mandioca torrada ou arroz branco. Se preferir, sirva sem acompanhamento. 

E bom apetite! 


Saturday, March 29, 2014

Efó: comida de Nanã.


Estou cada vez mais apaixonado pela culinária brasileira, sobretudo a baiana, cujas raízes se encontram nas tradições oriundas dos povos africanos que foram escravizados no Brasil. Muito dessas culturas foi massacrado, mas a força, a resistência e a fé desse povo que constituiu grande parte das tradições afro-brasileiras que mantemos vivas hoje foram capazes de salvaguardar tesouros da cultura africana em nosso país. 

De tempos em tempos, dedico um pouco do meu amor por cozinhar a reproduzir pratos da culinária típica baiana. Essa semana foi a vez de homenagear a orixá Nanã, cuja cor é o roxo, sincretizada no catolicismo com Santana, a mãe de Nossa Senhora. Nanã é considerada a “avó" de todos os orixás. É uma mãe primordial, cujo habitat é os lagos, os brejos, o lodo e o elemento é o barro, de ontem todos viemos e para onde todos voltamos. Representa 1a sabedoria do velho, a “refazenda" dos ciclos da vida e suas transformações.  “Saluba, Nanã!” é sua saudação. 

Sua comida é o Efó, um cozido de folhas (taioba ou mostarda) que lembra a própria constituição primordial do barro, do lodo. A  taioba, também conhecida como “orelha-de-elefante” (pelo seu tamanho e semelhança com o formato)  é usada em São Paulo como planta ornamental, mas em Minas Gerais e na Bahia é encontrada em feiras e mercados. Já a mostarda é mais facilmente encontrada das feiras-livres. Ambas tem gosto amargo e deve se tomar cuidado ao pegar taioba sem conhecimento mais apurado, visto que algumas de suas espécies podem ser venenosas. 


É um prato saboroso que pode ser comido sozinho ou acompanhado de arroz e farinha de mandioca torrada. 

Então, se quiser experimentar, anote aí os ingredientes: 

01 maço de taioba (usei 06 folhas grandes) ou mostarda
02 cebolas inteiras
10 dentes de alho
250g de camarão seco
250g de amendoim torrado sem casca
250g de castanha-de-caju
01 pedaço pequeno de gengibre
250ml de leite de coco
Azeite de Dendê
Sal 
01 Pimenta dedo-de-moça sem sementes

Num pilão ou num liquidificador, triture as folhas até formarem uma massa homogênea. No liqüidificador é preciso acrescentar um pouco de água para auxiliar. Separe numa vasilha. Vá triturando as cebolas, o alho, o camarão, o amendoim, a castanha e o gengibre.

Numa panela (que pode ser de barro), esquente um pouco de Dendê, coloque as cebolas e o alho, refogue levemente e depois acrescente todos os outros ingredientes. Vá cozinhando em fogo médio, mexendo sempre para não grudar. À medida que a água vai secando, a verdura vai adquirindo uma cor escura. Vá provando para ver se o amargor da verdura desapareceu e, se precisar, acrescente um pouco mais do amendoim ou da castanha para “adocicar" um pouco mais, mas é normal sentir um amargor leve no final, sem ser incômodo. Sirva com arroz branco e farinha de mandioca torrada. 


Bom apetite e Saluba, Nanã!!! Muito melhor ao som de "Cordeiro de Nanã" com "Os Tincoãs": 

http://letras.mus.br/os-tincoas/1820198/#

Sunday, December 29, 2013

Lombo de Porco com Echalotes e Couve-flor de Bruxelas preparada na Slow Cook com Aligot de Inhame (ou cará, como queira)



Como já disse várias vezes, a Slow Cook ou Crock Pot, a panela elétrica que cozinha o alimento em baixa temperatura, foi uma das minhas melhores aquisições para a cozinha. É barata (os modelos simples custam de 20 a 30 dólares), fácil de usar e limpar e deixa tudo delicisoso.

Essa receita de lombo de porco foi feitapra servir 2-3 pessoas. Anote aí os ingredientes:

1/2kg de lombo de porco
01 copo de rum
200g de echalotes (aquelas cebolas pequenas)
200g de couve-flor de Bruxelas
Sal
Pimenta-do-reino
Salsinha
03 cravos
01 lasca pequena de canela
01 galho pequeno de alecrim fresco

Simples assim: coloque todos os ingredientes na panela (Slow Cook) e cubra com água. Ligue a panela na temperatura mínima e deixe por 6 a 8 horas. Se estiver com pressa, coloque natemperatura máxima por 2-3 horas. Se você não tiver a panela elétrica, pode usar uma caçarola e cozinhar em fogo mínimo. A outra opção é usar o forno, cobrindo a carne com papel alumínio e sem colocar água.

Como acompanhamento, decidi fazer o aligot ("aligô") que nada mais é do que um purê feito com sal, manteiga e queijo, num ponto de "puxa". O aligot tradicional é feito com batata, mas outros tubérculos podem ser utilizados, como a batata-doce, mandioquinha ou inhame/cará.

Explicando: há uma divergência de nomes em diferentes regiões do país. Em São Paulo, por exemplo, o tuberculo grande, com formas irregulares é chamado de cará e o pequenino, peludinho e arredondado éo inhame. Na Bahia é o contrário e faz mais sentido, porque é como é chamado na África, porque tradicionalmente, o inhame é comida de vários Orixás. Na prática, eles são primos-irmãos e têm quase o mesmo gosto.

Escolhi fazer o aligot com inhame, coisa que aprendi com o Chef de Cozinha e amigo Francisco Lellis. Então anote aí:

01 inhame/cará grande
03 dentes de alho
Sal
01 punhado de salsa

Numa panela pressão, coloque todos os ingredientes e cubra com água. Cozinhe por cerca de 30 minutos ou até que o inhame fique mole. Mas atenção, ele não é tenro como a batata, fica sempre um pouco mais poroso. Depois de cozido, tente descascar e amassar ainda quente, para ficar mais fácil. 

Pegue uma panela grande, derreta meio tablete de manteiga e coloque a massa. Adicione sal e comece mexendo em fogo médio pra alto. Quando começar a atingir uma consistência mais firme, adicione 250g de queijo amarelo ralado (prato, gouda, estepe, etc) e vá mexendo sempre para não grudar ou empelotar, até começar a desgrudar da panela ("ponto de puxa"). 

E voilá! Pode comer! Sirva-se de um bom vinho, minha sugestão é um bom Malbec, encorpado para acompanhar o lombo de porco. 

E bom apetite! 

Saturday, November 9, 2013

Curry de Legumes: rápido e saudável.


Hoje prepararei um prato delicioso, prático, barato e saudável: um curry de legumes, para aproveitar experimentar um açafrão que ganhei de presente de uma amiga, trazido do Marrocos. Pegue alguns legumes da sua preferência. Nesse caso eu usei o que tinha na geladeira: berinjela, abobrinha, tomate, cebola e coentro, mas você pode acrescentar o que desejar. Pique os legumes em cubos.

Numa frigideira grande ou numa panela tipo wok, coloque um pouco de azeite de oliva e acrescente um pouco de alho moído. Refogue o alho sem deixar queimar. Coloque os legumes, deixando o coentro separado. Deixe lá, refogando por uns 15 minutos. Se precisar, acrescente pequeninas quantidades de água para não secar ou queimar. Acrescente uma generosa quantidade de açafrão (caso não tenha açafrão verdadeiro, pode usar a cúrcuma ou açafrão-da-terra. 
Continue refogando, mexendo sempre e sem deixar queimar. A mistura vai ficar bem amarela, e o caldo também. Acrescente uma lata de creme de leite e sal. Misture bem. Coloque o coentro todo picado. Para quem não gosta de coentro, pode optar em tirar, mas arrisque colocar pelo menos um pouco, bem picado ou moído, porque ele muda bastante o sabor do curry. 

Cozinhe até que os legumes estejam macios, sem estarem moles demais. Você pode comer o curry sozinho ou servir com arroz ou com semolina (do coucous)

Bem, fácil assim. Bom apetite!