01 polvo grande ou 02 polvos médios limpos e cortados em pedaços grandes
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05 cebolas pequenas, cortadas em cubos
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05 tomates rasteiros pequenos cortados em cubos grandes
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04 dentes de alho
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Azeitonas Pretas
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Uvas passas escuras
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Cravo
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Canela
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Sal
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Cominho
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Salsa e cebolinha amarrados num barbante
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Pimenta do reino sem moer
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Um copo de vinho tinto
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Azeite de Oliva
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Folhas de Louro
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Viajando por aí, provando, comendo e comprando todo tipo de comida, surgiu a inspiração para criar esse espaço de gastronomia, gulodices, curiosidades. Quem quiser, que me siga. E como disse Julia Child: "Bon appétit!!!!"
Sunday, May 15, 2011
Polvo grego com batata rústica do Doutor Fofinho
Sunday, May 8, 2011
Dependência Química: Amazônia vicia!
Hoje recebi visitas do coração aqui em casa. Uma delas, a irmã que é irmã da irmã, já morou na Amazônia e disse que nunca gostou da comida de lá. Achei estranho e resolvi mostrar para ela os dotes culinários do Doutor Fofinho travestido de índia Jupira.
Mas ela conheceu coisas da Amazônia que eu não conheci: dizem que as índias desdentadas de lá têm poderes mágicos inigualáveis e, quando sopram no ouvido dos homens, conquistam até o caboclo mais sério e mais fiel. Ela disse que era batata: chegam os cabras de São Paulo, se encantam pelas índias, despacham as esposas de volta pra capital e depois arrastam as índias pra metrópole. Chegando aqui, parece que o feitiço acaba: eles se dão conta da feiúra das iracemas e chega a vez delas de serem despachadas de volta para a Amazônia.
Pode ser que a índia tenha soprado no meu ouvido... Mas como esse feitiço dificilmente me pega (risos), a pajelança recaiu sobre o meu frágil e vulnerável estômago... E cá estou eu, viciado em comidas manauaras, pra sempre. Resolvi compor uma mesa transamazônica, ligando Manaus a Salvador com Pirão de Leite bem baiano. É claro que não podia faltar o Pirarucu de Casaca, mas o prato principal foi mesmo o deslumbrante rocambole de pirarucu ao forno.
Ingredientes:
02kg de Pirarucu fresco (lombo) |
01 cebola grande picada em pedaços grandes |
300g de tomate cereja bem maduro |
300g de palmito cortado em rodelas |
03 dentes de alho picados |
01 copo de pinga |
Salsa e cebolinha |
Sal a gosto |
Açafrão-da-terra ralado (ou Cúrcuma). Esse foi presenteado pela Regina “Cereja”, do Restaurante Vegetao. |
½ Xícara de molho de tucupi com pimenta-de-bico |
Modo de preparo:
Numa vasilha, misture bem todos os ingredientes. Depois de descongelado e lavado, seque bem o pirarucu, passe um pouco de sal na parede que vai ficar para baixo e estique-o sobre o papel alumínio ou sobre a folha de bananeira. O lombo do pirarucu é a parte mais tenra e saborosa e costumo solicitar ao peixeiro para “abrir” a peça, deixando a parede mais fina, o que facilita a construção do rocambole. Despeje todos os ingredientes sobre a peça e enrole com cuidado para não “rasgar” a carne. Se estiver difícil de embrulhar, pode usar barbante ou linha de costura para manter a peça bem enrolada. Enrole o papel alumínio ou a folha de bananeira e deixe assar em temperatura máxima por cerca de 01 hora, tomando cuidado para não deixar queimar a gordurinha que escapa para a assadeira, jogando um pouco de água sobre ela vez ou outra. Após esse período, pode-se desembrulhar o peixe e deixar uns 20 minutos no Grill do forno para o peixe ficar mais moreninho. Fica delicioso servido com arroz-de-coco, mas dessa vez experimentei ornar com o pirão-de-leite e ficou realmente estupendo, sem nenhuma modéstia.
Para beber, para brincar o Dia das Mães, a visita dos queridos amigos e oito anos de casamento, Espumante Rosé Demi-sec Cave Pericó. Infelizmente, eu não faço idéia de onde se possa encontrar pirarucu, tucupi e outras iguarias amazônicas. Mas como vem escrito no saco de pão das padarias e na portinhola das boleiras de bairro: “Aceitamos encomendas para festas!”
Um ótimo apetite!
Wednesday, May 4, 2011
Carne-de-sol ao molho de lima preparada na Slow Cook
Agora chega de Amazônia! Chegou a hora de delírios baianos. Embora se possa encontrar diversos tipos de carnes secas em todo o país e diversos lugares do mundo, para mim, é sempre sinônimo de Nordeste. Mais precisamente Bahia. E é de lá que trouxe uma peça enorme de carne-de-sol, bem de uma mercearia em plena Cidade Baixa, em Salvador.
Pra quem não sabe, carne seca não é a mesma coisa que carne-de-sol. A carne seca é feita através de um processo de desidratação em local seco e com grandes quantidades de sal, utilizando-se geralmente partes menos nobres do boi. A carne-de-sol é desidratada com menores quantidades de sal e colocada em local coberto e arejado, geralmente com carnes mais nobres e com menor teor de gordura. O resultado é uma carne levemente salgada, mais tenra e com aspecto “bicolor”, ficando mais seca do lado de fora e com uma cor mais viva por dentro. Ambas são deliciosas, mas eu prefiro a carne-de-sol.
Ela pode ser feita de várias formas, mas aprendi com minha amiga Darluce, “baiana da gema”, a fazer a carne assada, marinada em molho de frutas ácidas e outros temperos. Pode ser feita com mexirica, abacaxi, laranja, mas dessa vez decidi cozinha-la na Slow Cook. Muitas vezes ela nem precisa ser dessalgada, mas vale à pena “dar um banho” e deixar de molho algumas horas para não correr riscos. Depois de dessalgada, vem a marinada.
Ingredientes da marinada:
02kg de carne-se-sol inteirta ou cortada em grandes porções |
Suco de 05 limas (ou outro suco de frutas ácidas) |
05 dentes de alho inteiros |
01 cebola cortada em cubos |
01 copo de pinga |
Pimenta do reino a gosto |
Salsa e cebolinha cortadas |
10 tomates-cereja inteiros |
Numa vasilha grande, coloque a carne imersa nos ingredientes, todos bem misturados. Acrescente um pouco de água para que o molho cubra toda a carne. Deixe marinando por 6 a 8 horas. O molho pode ser usado para o cozimento.
Se for assar no forno, coloque numa assadeira funda a carne com o molho por cima da carne. Cubra com papel alumínio e leve ao forno, em baixa temperatura, assando por horas. Se for usar a Slow Cook, coloque a carne com o molho e deixe cozinhar por 8 a 10 horas. Em ambos os casos, a carne estará pronta quando estiver macia ao espetar o garfo.
Depois de pronta, reserve a carne e coloque o molho numa panela e engrosse com um pouco de farinha de trigo ou de mandioca. Quando o estiver com uma consistência cremosa, acrescente a carne e deixe ferver. Sirva com arroz branco, mandioca frita, purê de mandioca ou pirão de leite.
Ingredientes do pirão de leite:
02 litros de leite |
02 colheres de sopa de manteiga ou ½ xícara de manteiga de garrafa |
Alho e cebola picados |
02 tomates grandes picados ou utilizar o tomate assado com a carne |
Sal a gosto |
Farinha de mandioca ( preferencialmente a baiana, amarela) |
Modo de preparo:
Ferva os dois litros de leite. Acrescente a manteiga e mantenha em fogo médio. Acrescente uma xícara do caldo da carne. Vá acrescentando lentamente a farinha, mexendo sempre, até engrossar, com consistência cremosa. Desligue o fogo.
Numa frigideira, refogue o alho e a cebola na manteira e, quando dourar, acrescente o tomate e refogue. Jogue esse refogado sobre o pirão.
Para beber, acho que comifa baiana combina com cerveja. Acho que um prato como esse pede uma cerveja “normal”, loirinha, bem gelada para saborear ao máximo o prato.
E bom apetite!!!